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METODOLOGIA

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O Laboratório-Imersivo será facilitado por dois artistes-convidades que assumirão um lugar de acompanhantes / provocadores e que compartilharão seus modos de pensar processos de criação e reflexão sobre as questões que envolvem a residência.

 

Durante uma semana, em cinco dias consecutivos, o grupo de 20 pessoas serão divididos em dois grupos de trabalho onde apresentarão seus projetos em desenvolvimento inscritos através de um seminário. Cada participante trabalhará e exercerá o seu projeto inscrito, como base no laboratório-imersivo e prático propostos peles artistes-convidades.

Durante o seminário o grupo terão espaço para compartilhar práticas e processos com todes e, em paralelo, poderá ser gerado espaço de trabalho individuais e coletivos (caso surjam) tendo como possibilidade o feedback des artistas-convidades e gambiarra.

 

Artiste-Gambiarra realizará, durante a imersão, algumas aparições nos dois grupos como instantes que buscam forjar tempos e fazer emergir cosmogonias e segredos durante a residência.

 

No final da semana, elaboraremos uma abertura de processos dos resultados oriundos do encontro imersivo, a fim de abrir uma compartilha pública dos processos artísticos. Além disso, teremos também a oportunidade de compartilhar as proposições des artistas-convidades.

 

Nota.: A produção e realização deste projeto está ciente das questões e decretos referentes aos protocolos de cuidado evidenciado pela Organização Mundial da Saúde e Governo do Estado do Ceará no que tange ao Covid-19. Seguiremos as orientações técnicas e especializadas de saúde sobre a pandemia e às ações de higiene necessárias quando da utilização dos espaços públicos.

LABORATÓRIO

01

com Tieta Macau

 

Armada de espadas e lanças de Jorge a Bárbara. Arma-lança folha de encantaria. Residência encontro para despachos dançantes. Um processo que quer criar em comum acordo com plantas de proteção, pensar percursos dançados que tramam defesas preparadas para o ataque. Aqui lanço uma alternativa possível de traçar procedimentos/disparos de criação em perspectivas afro orientadas, numa sequência de encontros para pensar, inventar e observar relações entre ancestralidade, corpo, criação, rastros e resistências. Encontro retomada de afetos e presença, encontros de articulação para montar trincheiras de cuidado e enfrentamento, para dançar – nas amplitudes desta ação, do gesto à escrita – o “quê de macumba” possuímos sem saber, como “as comigo ninguém pode” ou as “espadas de São Jorge” na porta de nossas casas. Arma. Armação. As armas deste encontro são as plantas de proteção, que com o feitiço certo podem fazer secar ou brotar. A folha e o despacho como macumbarias dançantes maiores que o feitiço da pólvora e das políticas de morte.

LABORATÓRIO

02

com Gerson Moreno

 

O laboratório “Egbé: nenhum solo é sozinho” se propõe gerar encontros, acolhimentos, escutas e conexões, ritos e jogos experimentais de composição performática em danças, evocando/convocando as narrativas e dramaturgias d@s corp@s negr@s cearenses, suas imbricações ancestrais, politicas e comunitárias na cena contemporânea em âmbitos urbanos-periféricos-interioranos. As afrovivências serão subdivididas nos seguintes ritos:

 

01. Territórios singulares – De onde venho, o que trago e o que não trago?

Construção de assentamentos para depoimentos falados, escritos e dançados.

02. Onde reside minha força motriz?

Práticas experimentais a partir das armas de orixás e caboclos, vislumbrando evocar corpos de guerrilha, ataque, defesa e cura;

 

03. Territórios comunitários – Aquilombar guerrilhas e curas emergentes:

 

Vivência de composição performática a partir de gatilhos e anseios singulares;

 

04. Esse território somos nós. Compartilha dos experimentos no grande Egbé.

Ritualidades de aconchego – útero ancestral/Gaia – Nova Era afrofuturista/afropresente.

GAMBIARRA

com Elton Panamby

 

É sobre forjar corpos e tramar existências. Durante a residência, as provocações se darão neste sentido: como potencializar nossas corpas e nos armar para as batalhas sem nos perder de nós mesmas, nem sucumbir ao ódio que nos corrói por dentro? Como reconhecer os gritos de chamamento, distinguir o som de nossas espadas polifônicas e tornar nossas lutas coreografias sincopadas? Para sabermos guerrear no escuro sem nos decapitar.

 

Dilatação espaço-temporal, criação de cosmogonias, urdidura dos segredos, o tecer das teias ancestrais que nos mantém no mundo, partindo da perspectiva de corpos racializados e trans. A partir daquilo o que é urgente em cada corpo, dos desejos de rebelião e das necessidades de cuidar-se em matilha, este espaço de encontro será uma plataforma de escuta e cuidado coletivo pela perspectiva das Aparições (Lhola Amira) e da escrita, pelo desfazer e refazer mundos a partir das ruínas que nos estão dadas.

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